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quarta-feira, 13 de abril de 2011

PROJETO DA LINGUAGEM DA ALIMENTAÇÃO

ASSUNTO: Alimentação, valorização, hábitos alimentares
TURMA: D

 JUSTIFICATIVA:
         A escola é um espaço privilegiado para a promoção da saúde e desempenha papel fundamental na formação de valores, hábitos e estilos de vida, entre eles o da alimentação.
A alimentação faz parte do processo educativo e é uma parte importante do desenvolvimento infantil. Considerando-se que é através da alimentação que ingerimos os nutrientes necessários para crescermos e nos mantermos com saúde, muito necessária é a diversificação dos tipos de alimentos, sua preparação e apresentação, pois além de cuidar do valor nutritivo dos alimentos, é importante variar os sabores, consistências, cores e temperaturas, fazendo das refeições momentos tranqüilos, prazerosos e de socialização. As crianças descobrem assim que comer é uma maneira de se relacionar com os outros. Segundo Rossetti-Ferreira (2001, p.127) “A comida vai adquirindo significado social ao mesmo tempo em que é uma explosão de formas, sabores, texturas e cores”.
A partir dos quatro anos, a criança começa a despertar o interesse pelos alimentos. A família e a escola devem aproveitar essa curiosidade e incentivar a formação de bons hábitos alimentares, como por exemplo, ensiná-la a consumir uma dieta diversificada. Os benefícios serão para o resto da vida. É certo que a criança, nessa fase, é capaz de absorver praticamente todos os alimentos, incluindo as preparações mais elaboradas. Por isso, a sua dieta deve ser semelhante à de toda família.
Nesta idade, a criança pode e deve determinar a quantidade de alimentos que deseja colocar no prato. Com isso os adultos respeitam e incentivam sua independência. A criança também deve ser estimulada a preparar seu próprio lanche, ou então contar com o auxílio de um adulto para realizar esta tarefa, que pode se tornar uma boa oportunidade para ensinar a importância de cada alimento.
Apesar de haver uma diversidade nos hábitos alimentares das crianças, é possível definir uma certa regularidade nos elementos que compõe uma “dieta adequada”, ou seja, uma dieta que supre as necessidades nutricionais para a manutenção da vida e da saúde. As necessidades de cada pessoa variam conforme a idade, o sexo, o metabolismo, o ambiente, o tipo de atividade que desenvolve, entre outros fatores.
O planejamento, junto com as crianças, de cardápios balanceados, de cuidados com o preparo e oferta das refeições, de projetos que abordam o assunto, de preparações culinárias, etc. permite que elas aprendam sobre a unção social da alimentação e as práticas culturais.
         Comer sempre foi um dos prazeres da vida e nunca na história da humanidade foi tão fácil o acesso a comida pronta e rápida. Ela ficou cada vez mais barata, variada e saborosa e a possibilidade de poder comer de tudo é um hábito adquirido na infância e na juventude, porém com o passar dos anos é feita a cobrança dos excessos. Cabe lembrar que na natureza nada se perde tudo se transforma; tudo o que for ingerido, se não for eliminado, será armazenado no próprio organismo.
                  Alimentação e saúde caminham juntas, para tanto uma alimentação saudável, além do acesso a alimentos de boa qualidade, é necessário combiná-los de maneira equilibrada em proporções adequadas às necessidades de cada criança. Portanto é importante conhecer os nutrientes que os alimentos podem nos oferecer, antes de oferecê-los.
         O ato de alimentar tem como objetivo, além de fornecer nutrientes para a manutenção da vida e da saúde, proporcionar conforto ao saciar a fome, prazer ao estimular o paladar e contribuir para a socialização ao revesti-los de rituais. Além disso, é uma fonte de inúmeras oportunidades de aprendizagem.
          A alimentação faz parte do processo educativo e é uma parte importante do desenvolvimento infantil. A escola e a família devem pensar juntas sobre a alimentação da criança. O importante é que, escola, família e criança possam fazer das refeições momentos prazerosos e de grande integração entre cuidado e educação.
         O planejamento, junto com as crianças, de cardápios balanceados, de cuidados com o preparo e oferta de lanches ou outras refeições, de projetos pedagógicos que envolvam o conhecimento sobre alimentos, permitem que elas aprendam sobre a função social da alimentação e as práticas culturais.
         Algumas fases do desenvolvimento das crianças levam a uma perda de apetite ou a maiores exigências ou recusas alimentares, mas que se resolvem com ajuda e compreensão das professoras e com o próprio processo de desenvolvimento. Neste período, as crianças têm menos interesse em alimentos e mais interesse no mundo ao seu redor. Não podemos é permitir substituições de alimentos sem ter certeza de que realmente a troca tem o mesmo valor nutricional.
         Alimentação balanceada é aquela que contem nutrientes em quantidade e qualidade adequadas às necessidades de cada um. Estas demandas variam, não apenas de acordo com a idade, mas também em relação ao estilo de vida. Ainda assim, existe um princípio válido para todos: quando se trata de fazer uma refeição balanceada é indispensável a ingestão de quantidades suficientes de alimentos construtores (carne, ovo, leite, feijão...), energéticos ( arroz, milho, batata, massa, manteiga...) e reguladores (frutas, verduras e legumes).
         É recomendável que as professoras ofereçam uma variedade de alimentos, cuidando para que as crianças comam de tudo, respeitando suas vontades quanto a preferência e necessidades sendo que nunca devem ser forçadas a comer. É preciso organizar os lanches e demais refeições de modo que as crianças possam vivenciá-la de acordo com as diversas práticas sociais em torno da alimentação, sempre permeadas pelo prazer e pela afetividade, permitindo que as crianças conversem entre si, em razão da pressão dos colegas, as crianças geralmente comem bem quando estão em grupo. Estes locais são ambientes ideais para programas de educação nutricional tanto no horário das refeições quanto em várias situações de aprendizado, pois conforme Zuleica Maria Alves Porciúla é transformando estes momentos que se tem um bom motivo para a criação de vínculo e descontração.
         Conforme Maura Maria Sá de Mello, em seu livro Educação e nutrição “Alimentar-se também educa e exige troca”. Desta forma, não devemos pensar em alimentação de forma isolada, ou seja, em casa e na instituição deve haver uma sintonia das condutas de promoção e construção de bons hábitos alimentares. Exige-se uma qualidade emocional no processo de alimentar e oferecer alimento.
         Dado que todo aprendizado se estabelece na infância e as crianças se encontram em um período em que é preciso que desenvolvam hábitos alimentares saudáveis torna-se importante que se oportunize conhecimentos referentes à alimentação e estímulos diversos para que despertem o interesse por uma boa alimentação.
         Considerando que o ato de se alimentar é fundamental e uma necessidade básica do ser humano, constatamos a necessidade de proporcionar conhecimentos que levem as crianças a valorizar uma alimentação saudável através de situações que oportunizem conhecimentos sobre os diversos tipos de alimentos, sabores, cores, higiene, explorando possíveis modos de preparo e experimentando alimentos que supostamente não apreciam ou não conhecem.
         Isso porque grande parte das crianças tem sua lista de alimentos preferidos se recusando a comer qualquer coisa que não seja da sua escolha. No entanto, mesmo que as crianças apresentem negativas em relação a experimentar novos sabores, estas precisam ser estimuladas a provar novas texturas, sentir novos “gostos”. Um fator que interfere na construção de uma alimentação saudável é permitir que saciem a fome com doces e salgadinhos, que além de criar maus hábitos alimentares, leva-as a rejeitar as principais refeições do dia. Se ela estiver com fome vai procurar comer o que for apresentado e vai, consequentemente começar a entender e aceitar alimentos mais saudáveis como frutas e verduras, se habituando a diversos tipos de alimentos.
         É claro que o paladar varia de pessoa para pessoa e que temos o direito de não gostar de certas coisas, mas o importante é experimentar. Outro fator importante são os momentos em que os pequenos observam os adultos consumindo alimentos saudáveis. Às vezes é só questão de estimulo, de provar e sentir que determinado alimento é gostoso.
         O momento da alimentação é também uma atividade socializadora, realizada em grupo onde podemos perceber as diferenças individuais relacionadas à alimentação. Nesses momentos uma presença participativa do educador ajudando a criança sempre que se fizer necessário é fundamental.
         Durante o período pré - escolar as crianças passam por uma mudança importante no padrão alimentar. Nesta fase, participam das atividades alimentares e também das refeições dos adultos, consumindo os mesmos alimentos. Na escola passam a conviver com horários, com o conhecimento de alimentos diferentes daqueles habitualmente conhecidos no meio familiar. Desta forma a família e a escola têm a responsabilidade de favorecer a adoção de um comportamento saudável por parte das crianças, capaz de encontrar um equilíbrio alimentar e uma boa qualidade de vida.  Enfim a adoção de um comportamento alimentar saudável do pré-escolar pode ser apontada como importante medida de promoção da saúde, com repercussões positivas na vida adulta.

OBJETIVOS:
  • Conscientizar as crianças sobre a importância de bons hábitos alimentares para um desenvolvimento sadio.
  • Valorizar a vida cuidando da alimentação e consequentemente da saúde.
  • Compreender a importância do bom funcionamento do corpo, percebendo que ele possui diferenças e necessidades que devem ser respeitadas.
LINGUAGENS A SEREM PRIORIZADAS:
  • Linguagem da culinária;
  • Linguagem da alimentação.
SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM:
-         Conversa inicial sobre a alimentação preferida das crianças, visando conhecer suas preferências e conhecimentos prévios acerca dos alimentos que são ou não saudáveis;
-         Elaborar um questionário, realizando uma pesquisa com os pais sobre as preferências alimentares de seus filhos, desta forma auxiliando os professores a conhecer melhores os preferências e hábitos alimentares dos nossos alunos;
-         Elaboração de regrinhas e combinados para os momentos de refeições através de gravuras e com participação direta das crianças, montando um mural que será exposto e apresentado às demais turmas da escola;
-         Construção de charadas que misturem informações sobre formas, cores e tamanhos das frutas, verduras e legumes;
-         Identificação de frutas, verduras e legumes através do olfato e tato, utilizando a caixa surpresa;
-         Solicitar que cada aluno traga de casa uma fruta, verdura ou legumes e conversar sobre as preferências através da degustação;
-         Preparação e degustação de receitas saudáveis: Vitamina de banana, Suco de laranja, Bolo de casca de maçã, Mousse de maracujá, Danone de morango, Sacolé de uva, etc.
-         Junto com os alunos lavar os alimento e mostrar os cuidados que devemos ter antes de comê-los;
-         Os alunos trarão um lanche nutritivo e saboroso para fazer um grande piquenique coletivo;
-         Degustação das frutas, explorando cor, tamanho, espessura e o sentido (paladar);
-         Brincar com teatro de varas das frutas;
-         Classificação das frutas quanto a cores e tamanho;
-         Incentivo a servirem-se sozinhos, desenvolvendo a autonomia, e observando a quantidade adequada de alimento a ser posto no prato;
-         Degustar diferentes sabores, com os olhos vendados, tentando adivinhar qual é o alimento;
-         Contação da historia: Amando no país das vitaminas, e posteriormente fazer uma salada de frutas, proporcionando momentos de apreciação de diferentes frutas e cuidados para com os mesmos;
-          Confeccionar com as crianças vários jogos utilizando diferentes materiais alternativos (memória, seqüência, bingo), desenvolvendo o lúdico, o prazer de construir seu próprio jogo, bem como a valorização da alimentação variada;
-         Pedir para que as crianças tragam de casa embalagens de produtos alimentícios usados pela mamãe pra explorar quantidades, letra inicial, tamanho, peso, tempo de preparo, podendo construir um gráfico dos produtos que mais apareceram;
-         Realização de quebra-cabeças com as embalagens e rótulos de alimentos trazidos de casa;
-         Desenvolvendo a motricidade fina, disponibilizar aos alunos massa de modelar e/ou argila para que modelem os seus alimentos prediletos;
-         Montar na sala, um móbile com frutas e verduras confeccionadas pelas crianças usando-se do recorte, dobradura, bolinhas de papel crepom, desenvolvendo a coordenação motora;
-          Incentivar as crianças a brincarem de mercadinho, realizando a compra ou a troca de mercadorias, observando quais os produtos mais procurados pelas crianças promovendo uma roda de conversa;
-         Levar para sala alimentos diferentes, como frutas que não são muito conhecidas para dividir entre as crianças, (Kiwi, carambola, fruto do conde,...)
-         Mostrar que alguns alimentos devem ser consumidos com moderação, confeccionando um mural com recortes de alimentos em revistas e encartes;
-         Os alunos trarão um lanche nutritivo e saboroso para fazer um grande piquenique coletivo;
-         Contação da história “O Sanduíche da Maricota”, sendo que posteriormente cada criança fará o seu próprio sanduíche com ingredientes servidos em Buffet.
-         Contação da história “A Sopa de Pedras”.
-         Realização de uma deliciosa sopa, junto com as crianças, utilizando diferentes verduras e legumes, incentivando a alimentação saudável.
-         Convidar uma mãe ou alguém da família para vir visitar a turma e elaborar alguma receita saudável, ou alguém da instituição, merendeira, diretora, outra professora (aproveitando para criar vínculos / integração com outra turma
-         Contação da história “Os três ursos”, fazendo posteriormente mingau de aveia com as crianças, incentivando a alimentação saudável.
-         Espremer laranjas com as crianças, fazendo um gostoso suco, incentivando-as a ingerirem.
-         Realizar saches aromáticos com a casca da laranja, incentivando o reaproveitamento dos alimentos.

ALGUNS RECURSOS QUE SERÃO UTILIZADOS: livros infantis e didáticos, papéis diversificados, lápis, canetas, pincéis, vendas,revistas, jornais, encartes, entre outros...

PORTIFÓLIO: fotos, registros, trabalhinhos...

 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA:
• Ministério da educação - Referencial curricular nocional para a educação infantil. Brasília, 2001.
• Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil: Formação Pessoal e Social, Vol 2, Brasília, 2001.
• WAY III, C.W.V. SEGREDOS EM NUTRIÇÃO: RESPOSTAS NECESSÁRIAS DO DIA-A-DIA: EM ROUNTIS, NA CLÍNICA, EM EXAMES ORAIS E ESCRITOS/CHARLES
• JUSSARA N.T.BURNIER. PORTO ALEGRE: ARTES MEDICAS SUL, 2000.
• www.nestle.com.br
• Baú do Professor - Histórias e Oficinas Pedagógicas 4 e 5 anos / Volume 3 /Walkiria Gorda, Aurea Rocha, Cláudia Mirando e Vanderci Castro
• Baú do Professor - Histórias e Oficinas Pedagógicas 13 meses a 03 anos! Volume 1 / Walkiria Garcia, Aureo Rocha, Cláudia Mirando, Vonderci Castro
• Viagem pelo Saber - Nível 1 / Simone Braga e tijenane Alves / Editora Fapi
• Revista Projetos Escolares - Educação Infantil / Editora On-line
• O dia-a-dia do Professor Y e 4 séries / Volume 5 / Gerusa Rodrigues Pinto, Regina Célia Viliaça Lima / Editora Fapi
• Os Fazeres na Educação & Infantil - Maria Clotilde Rossetti Ferreiro, Ano Maria Meilo, Teima Vitória, Adriano Gosuen, Ana Cecília Choguri / Editora Cortez
• Viagem pelo Saber - Maternal / Simone Braga e Tijenane Alves / Editora Fapi
• A Arte de Cozinhar — Receitas fáceis poro crianças pequenas - MaryAnn F. Kohl, Jean Potter/ Editora Artmed.
FERREIRA- ROSSETTI, Maria Clotilde. Et.al. Os fazeres na Educação Infantil. São Paulo: Cortez,2001.